quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Maldade

Há um espaço muito grande entre eu e você. Você é fodido e eu quero a minha paz.

Que a vida dê um jeito nisso, e que seja em breve. Por favor!

Thati.oc


domingo, 23 de setembro de 2012

De fato, estou viva?




Quando eu acordei estava tudo ao revés, do mundo e de mim! Tudo então era o caos, depois começou a fazer sentido (lê-se: prazer). Passaram tantas pessoas na minha vida, algumas definitivamente foram embora, sem ao menos dizer adeus. Parando para pensar, são elas as que mais de trouxeram problemas (e quanto as que ainda estão trazendo, elas vão embora também? Não preciso mais me preocupar?). Sempre tive a tendência de me preocupar com tudo, eu disse TUDO! Agora eu consigo ver que o que aprendi é que talvez eu não tivesse que ter me preocupado, porque afinal o que é para ir embora, sempre vai embora (é?). E só me deixou lembranças de um passado não tão bom. Mas talvez tenha valido a pena, porque eu consegui me enxergar melhor. E também o que realmente são as outras pessoas. Nunca fui de confiar em ninguém. Meu maior defeito e qualidade é esse. Ah, como é difícil confiar nas pessoas, confiar em Deus, confiar em mim. Como é difícil saber que nem tudo depende de mim, e que nem sempre o que “certo” é o melhor. Ah, cansa sempre ficar pensando.
Mas é incrível como todo mundo sempre olha para seu próprio umbigo, custe o que custar eles não se importam com você. E isso não só no amor, mas na amizade, na cumplicidade, família, trabalho, faculdade, comprometimento. Opa, comprometimento e cumplicidade está ai algo que não combina com a realidade. É sempre esse “disse me disse” de que o mundo pode ser melhor, que as pessoas são boas, mas de que o que as estraga é a sociedade, e afins. É isso mesmo? Tá, e se for? Faço o que com isso? Que culpa eu tenho disso? Aí eu tenho que ficar rezando pelos cantos para eu conseguir me encaixar ao que esperam de mim? Ou até mesmo o que esperam de você? Não, como eu disse, hoje acordou tudo ao revés.
Era pra ser um dia diferente, ou melhor, um dia de realização de propósitos. Estou cheia de coisas para fazer. Mas não sai da minha mente aquele que tenta machucar a minha família, aquelas pessoas desequilibradas que não querem mais se sentir sozinha, e que vivem como se fossem o próprio inferno astral, o meu e o delas. Mas e eu com isso? Era para eu morar em um lugar tranquilo onde não se ouvem vizinhos, senão pássaros cantando sua liberdade. E que mesmo eles vendo cada passo de loucura que nós damos, não pestanejam em cantar suas músicas. Eu queria ser como um pássaro, ser livre. Mas até que ponto conseguiria ser livre de verdade? Na verdade, eu só não queria me preocupar com pessoas patéticas. De fato, tem muita gente patética para pouco mundo.
E eu tenho que acordar, lavar meu rosto, fazer minha corrida matinal, organizar meu trabalho, e que de fato é difícil não trazê-lo para casa. E ainda tenho que sorrir para os problemas, e até para quem eu não gosto. Talvez eu tenha mesmo, mas é que hoje eu “dominguei”. Perdi o controle de todos os meus sentidos. É para fazer sentindo mesmo?
Por que eu apenas não consigo viver como quem não se importa, ou ao menos que sabem lidar de forma madura com seus problemas? E essas pessoas, como elas são por dentro? Será que elas estão vazias e se enganado, e sendo preenchidas com toda essa frieza em tempos de cólera?
Outro dia eu volto a pensar nisso, agora estou cansada demais de segurar meus sentimentos, de tentar controlar tudo, de não poder mandar ir se fuder quem eu quiser, ou até mesmo só quem me der vontade de dizer isso. Bom, tenho muito trabalho para fazer. Mas hoje não há tempo para os assuntos pessoas, tenho que ignorar (tá ai outra palavra que me deixa intrigada, mas outro dia falo disso). Vou colocar um moletom e terminar os trabalhos profissionais, e ainda me sentar à mesa para almoçar com o sorriso. Preciso dar apoio ao que valem a pena, e tentar rezar para os que não valem nem o que comem.

"Porque amar é uma arte, e nem todo mundo é artista." 
- Renato Russo

oc

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Das cartas imaginárias e pedaços de textos encontrados.

"...não combino com a cabine trancada, com apenas um telefone público, um número e uma ficha, que acabei me trancando sem perceber.

não combino com a sobrexposição de meus ossos, vísceras, carne e sangue, que insisto em cuspir no mundo. nos olhos dos outros. ejacular em boca alheia. vomitar na sarjeta.

não combino com a prisão em que me tornei, desde o momento em que me vi perdida entre mim e o mundo lá fora .. que foi aumentando, aumentando, aumentando em uma proporção que me agonizou ! mas, logo, diminuiu com uma velocidade que me sufocou.

que me sufoca.

parece que sempre são as mesmas caras.

parece que sempre são os mesmos sentimentos.

tudo parece falso aos olhos de quem vejo.

e os cacos que serviam para me agregar, hoje, me espetam em um vodoo sádico, cheio de confusões sentimentais que, entenda; não combinam comigo.."

- encontrei esse texto jogado em minhas coisas: "mais um momento meu", pensei em seguida ao drama que pairava em minha cabeça no momento em que decidi limpar minhas coisas - escrever esse texto.
engraçado, você está nele também.
você, ele, ela, os outros, umas tantas outras, esses, aqueles e eu; claro, eu mais que tudo estou nele.
o texto é sobre mim, afinal das contas. sobre como eu me sinto com essa intrusa que sou, desde um tempo atrás: "difícil"[...]
-
[...]ontem ouvi umas poucas coisas, dessas que me deram vontade de questionar. não o fiz. já não tem sentido. hoje vi outras tantas, de muitas partes, umas eu questionei por ter a abertura de fazê-lo - outras seguem guardadas aqui - e essas outras, como aquela outra que ouvi, são destinados a você.
é engraçado, ouvi de outra coisas que eu nunca imaginei ouvir de você. pelo menos, não como eu imaginava que as coisas poderiam ter sido, foram, são. mas é isso, imagino demais, creio.
agora tem ela, não aquela, ela. ela mesma. a quem corro chorando quando quem me magoa é aquela - ou você - ou ele - ou qualquer outra coisa do mundo.
ela tem o colo quente, do calor que faz por lá aonde está. me seca as lágrimas sem dizer palavra. me cuida sem se cansar; pelo menos, não parece se cansar tanto pra mim - por mim.
isso é grande.
me pergunto, então, porque divido dentro de mim uma grandeza assim com essa sua pequeneza aparente ? afinal, não significo merda para a sua vida.
ou para a dela, por mais que ela diga que sim.
menos para dele, que tem elas mil ao seu lado.
aliás, não significo merda para muita gente que anda por aí e, sabe ? isso não me incomoda. então, me pergunto, por que me incomoda não significar pra vocês ?
-
Sinto menos, é verdade. mas sinto bonito e me dói, me dói ainda a saudade de nada que aconteceu, de nada que significou, de nada que tive com ninguém.
Ela ama outra.
Aquela ama ninguém.
Ele ama todas.
Ela ama a mim.

E eu amo a todos, sem saber por quê[...]-

Pri Fierro

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Falando em bichos ... [II]

"Você é só mais um desses. Esses, onde o umbigo é maior do que todas as outras partes do corpo.
Você, é só mais um desses.
Mente, desmente, inventa, enrola, manipula, se faz.
Mais um desses.
Queria te dizer que o reflexo que você faz nos outros é, justamente, esse do qual você reclama;

Vai continuar sendo incompleto enquanto o incompleto for você."

Pri Fierro