quinta-feira, 29 de julho de 2010





As pessoas são pequenas demais pra mim. Na verdade, são suas atitudes, os pensamentos que as tornam pequenas. Não me ocupo do que não me trás nada, eu quero muito mais de tudo, quero que alguém consiga tirar o máximo que eu possa dar, ou se contente com o meu nada. Agora não me prendo a expectativas, dizem que elas geram frustrações, mas não é por isso que me desprendo delas, até mesmo porque acredito que são elas que nos levam a algum lugar, e que quem nos geram frustrações somos nós mesmos. Cansei, cansei de pessoas mesquinhas, de pensamentos pequenos.

Cansa-me ter que ser alguém  s e m p r e,  eu quero o nada e o tudo ao mesmo tempo, tem como? Sinto como se tivessem a ideia por ai que eu queira alguma coisa de você, mas não, talvez eu apenas queira me encontrar, e não você. Gosto do jeito que tá, mas cansa... As pessoas sempre têm algo a falar e pensar, queria ter um dia para não agir, jogar t u d o para o alto, e fechar os olhos e estender os braços, e que a sorte me traga o que eu preciso por agora, amanhã eu vejo o que faço com resto. Quero agir com calma, mas, a minha calma nem sempre é bem interpretada. Mas de que importa? Por que tenho que atingir as suas ou minhas expectativas? BASTA! Nem sempre dizer o que quero é não querer nada, não me sinto confortável à ideias sempre com valores, quero o excesso do nada. Nunca fez parte de mim a cobrança e acredito que nunca fará. Ás vezes sinto que você quer mais de mim, e ás vezes que não quer nada, não consigo achar seu meio termo, sinto que achei alguém que tenha mais receio de mim do que eu.  O que me deixa mais em divida com meus pensamentos toda à noite. 

thatiane. oc

Sabe...


...eu não sei você, mas eu adoraria um café com leite agora. Com pão fresquinho e quentinho, recheado de manteiga ou requeijão, pronto para ser molhado naquele café com leite que tanto desejo. Ou então, até, com uma bolacha maizena coberta de margarina, aquelas que fazem as famílias sorrirem na televisão, pronta para ser mergulhada naquele café com leite que, ah, queria muito agora !

Sem poesia, sem falar da vida, da morte, de amor, de fracassos, ilusões, tristezas, alegrias, dores. Só um cafézinho com leite e açúcar, pra adoçar a vida da gente, e umas bisnaguinhas para se afogarem naquele líquido marronzinho que tem um gosto tão gostoso ! Sem papo nem pensamentos, só um sentimento degustado com café e leite: prazer.

Um momentinho de prazer, é só o que eu queria. Um momentinho meu, de prazer egoísta, enquanto tudo desce macio pela garganta, fazendo minhas células dançarem de alegria por tal gostinho de prazer ! Queria mesmo, queria muito mesmo, um café com leite agora.

Mas acabou o pó.
Mais um prazer que terei que deixar para outro dia.

Pri Fierro

segunda-feira, 26 de julho de 2010

A busca pelo universo.



Me assusto ao pensar na imensidão do infinito universo que nos embala, ainda que metade dos seres não se dêem conta, mas a insignificância humana é bastante significante !
Mas acho que me assusto mais em saber que existe infinitas coisas nesse infinito universo e eu, um ser humano tão insignificânte quanto qualquer outro, tão pequeno perto de tantas grandezas, procuro descobri-las e senti-las mesmo sabendo que é impossível e perigoso fazê-lo.
Perigoso porque são tantas, e sou uma, e são tão grandes e sou tão pequena que a explosão do meu ser é inevitável, e eu sei disso. E impossível pela quantidade, pela densidade de elementos que não sei nomear, e muito menos explicar, que não conheço nem metade, e não sei se conhecerei verdadeiramente algum dia.

Mas não consigo evitar esse meu gosto pelo perigo impossível, de descobrir e achar, que o universo me leva a querer, me atraindo como se todo ele fosse um buraco negro que suga o que sou, o que poderia e o que poderei ser. Então vejo que existem outros planetas, luas, astros e me sinto ansiosa por querer tudo de uma vez só, por querer engolir o universo sem medir nem peso, nem consequência, mesmo sabendo que até as estrelas morrem.

Mesmo sabendo tanta coisa, desconheço mais ainda, e a imensidão me mostra que há tanto ainda que é impossível eu me fechar em apenas um mundo, um sol, uma lua e algumas estrelas.

Pode que eu acabe mau, mas não consigo evitar essa minha eterna busca pelo universo esperando que sim, alguma coisa mude o meu mundo.

Pri Fierro

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Todos ao meu redor, obrigada.

Sabemos que todos os dias, a cada segundo, inúmeras pessoas passam por nossas vidas.
Pessoas de tamanhos, cores, formas, tipos, estilos, essências, ideais, pensamentos, vozes, amores e diversas características e sentimentos diferentes e iguais ao seus.
Por que, então, justo algumas delas, algum dia de nossas vidas, resolvem nos olhar e, como se fosse combinado e já esperado, te são apresentadas ou se apresentam passando a tornar parte não só de nossas vidas, mas de nós mesmos ?!

(Não sei se há resposta.)

Mas aposto que todos já haviam pensado nisso, nessa sensação bizarra que se tem de uma pessoa que, antes, era uma no meio de inúmeras e hoje é uma parte sua. Uma parte que você passa a não conseguir viver sem, que a saudade esmaga ainda que a tenha perto, que te seguram quando você está prestes a cair e que te fala a verdade, ainda que essa sempre seja dolorida.

(Que não é perfeito,  mas é essencial.)

Como pode existir pessoas que te entendam tanto e sabem, ás vezes, mais de você do que você mesmo ?! Que com só alguma palavra sua decifram todos os seus sentimentos, coisa que você quase não consegue fazer. E logo você percebe, que vocês são tão parecidas e tão diferentes mas isso, essa oposição e essa igualdade de espíritos inventados e irreais, é o que faz que tudo dê tão certo e que a harmonia de suas almas sejam compatíveis e perfeitas, fazendo tudo, realmente, ficar bem.

Poucas são as palavras aqui ditas, porém, me resta dizer que não sei o que seria de minha humilde existência se não tivesse algumas das pessoas que hoje carrego, como partes de mim, na minha vida.
Mas sei que descubro a cada dia que sou alguém de amores: morro de amores pelas pessoas, me apaixonando e admirando como se fosse um abismo sem fim e cheio de cores.
E as agradeço por isso, por me permitirem amar e admirar.

E assim, chego a uma conclusão: sei que nasci incompleta, mas o mundo me presenteou com sorte para encontrar pedaços de mim antes perdidos por aí.

- Pri Fierro.

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Sem meias palavras. O que basta não é o que é dito. Não gosto da ideia de ser julgada, onde transformam isso ao que sinto, nem sempre o que se vê de fato é. 
Preciso desgastar e gastar, ora com dose certa, ora não, a imensidão de sentimentos e desejos que tenho em mim. 

thatiane.oc



Talvez eu sinta agora, talvez eu não sinta mais. Não chego a ter certeza se de fato é, ou se deveria continuar colocá-las em palavras. Não busco definição, quero o sabor do seu pior e do melhor, vou tentar lidar com isso, como também terá que aprender a lidar com o meu pior. Hoje a minha maior busca é a da ausência ... do sentido, olhar, sorriso, do início daquela conversa que não teve um motivo para começar, apenas que termina com aquele jeito único. Tento não me limitar ou te limitar também,  queria dizer as coisas certas, mas a essa altura acredito que não há mais nada que seja certo ou errado. Meu maior medo é o de tentar, penso que ás vezes estou lutando não com você, e sim comigo, é uma luta sem fim, de desejos e gritos, talvez seja passageira, enquanto isso deixo a interrogação persistir.


"Meu conceito de sentir é diferente do que vivo agora, não chega a ser um sentimento, talvez seja apenas uma sensação, quem sabe."*

*Trecho tirado do texto 'O espelho fundo' de Marília G.

thatiane.oc