quarta-feira, 4 de setembro de 2013

O dia que resolvi, mas não mudei.

Um eterno debate mental, um inferno no estômago carcomendo as paredes, borbulhando o suco amarelo azedo, subindo ao pulmão gelatinoso que sinto derreter, aos poucos, com cada soco que a cabeça manda o coração acertar.
Uma discussão interna sem meio, sem fim, com mil começos secundários que aparecem com lembranças, anseios, medos, duvidas, medos, duvidas, medos, anseios, lembranças, lembranças, lembranças, duvidas duvidas duvidas duvidas duvidas. Medos.
Grita de lá, sussurra de cá, choraminga, esperneia, se mutila internamente adoecendo o corpo cansado de nada, exausto de tudo, morto de vida.
As pernas pisam no chão frio e logo o peito grita uma bocada de ar que impede de continuar. E quando os olhos abertos nada podem enxergar, só resta fechá-los pra sentir o prazer de não estar.

Priscilla Fierro

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