O cinzeiro cheio de bitucas, a janela escancarada e o vento frio invadindo o apartamento vazio.
Só um corpo habitava ali.
Um corpo, mil confusões, milhares de impulsos, inconstância de alma que nunca se viu.
Só um corpo habitava ali.
Um corpo, mil confusões, milhares de impulsos, inconstância de alma que nunca se viu.
O peito apertava, a respiração não sabia por onde respirar, não sabia por que respirar, e ela se mantinha em pé com mais um cigarro em mãos - tragando a fumaça como se as coisas pudessem se arrumar assim.
A vida parecia de ponta cabeça, não terminava nada.
Não começava nada.
As coisas começavam a dar certo pra logo darem mais errado ainda e, como se fosse justo com ela, se arrebentarem em chateação, encheção, birrinhas que: "Acredite, já não tenho paciência pr'essas coisas".
A vida parecia de ponta cabeça, não terminava nada.
Não começava nada.
As coisas começavam a dar certo pra logo darem mais errado ainda e, como se fosse justo com ela, se arrebentarem em chateação, encheção, birrinhas que: "Acredite, já não tenho paciência pr'essas coisas".
Dialogava sozinha no quarto lotado de almas, todas expostas em suas paredes.
Se perdia em falas vazias e sem sentido.
Já não sabia aonde ia, da onde vinha, pra que iria.
Se perdia e logo fugia.
Fugindo, desaparecia de si e podia respirar um ar que não lhe perseguia todos os dias, que não era aquele mesmo de sempre. Buscava outros ares. Ares que inflamassem seus pulmões e a fariam viva, atenta, curiosa por um novo cheiro, uma nova cor, por mil sabores.
Sabores ansiosos por sua língua - sua língua e a de mais ninguém.
Fugir, quem disse que podia ?
Exalava o cheiro da liberdade - flutuava em desejos e vontades.
Alguém lhe agarrava os pés, chão.
Uma bituca voava
Mesmo cigarro, mesma fumaça.
Priscilla Fierro (lamentando pelos que são liberdade e há quem lhes traga pro chão)
Se perdia em falas vazias e sem sentido.
Já não sabia aonde ia, da onde vinha, pra que iria.
Se perdia e logo fugia.
Fugindo, desaparecia de si e podia respirar um ar que não lhe perseguia todos os dias, que não era aquele mesmo de sempre. Buscava outros ares. Ares que inflamassem seus pulmões e a fariam viva, atenta, curiosa por um novo cheiro, uma nova cor, por mil sabores.
Sabores ansiosos por sua língua - sua língua e a de mais ninguém.
Fugir, quem disse que podia ?
Exalava o cheiro da liberdade - flutuava em desejos e vontades.
Alguém lhe agarrava os pés, chão.
Uma bituca voava
Mesmo cigarro, mesma fumaça.
Priscilla Fierro (lamentando pelos que são liberdade e há quem lhes traga pro chão)
Thati: Adorei.
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