quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Passarinho.

Asinhas batendo rapidamente, loucas por um impulso forte o suficiente para desandar a voar de uma vez.
Essa era a imagem que gravara com a camêra do celular, afim de vê-la e recordá-la sempre que alguma coisa parecia impedí-la de avoar. Era um pequeno passarinho, filhotinho, novinho. A mãe alí do lado mas ele fazia todo o duro trabalho de conseguir sua liberdade, o comecinho de uma vida própria fora do bico de sua mãe, da comida mastigada, das minhocas alheias.
Era um esforço magnífico ! Duro, difícil, perigoso, pois um bater de asas errado e ele se esburrachava no chão de uma só vez. Talvez não voltasse a voar nunca mais. Talvez conseguisse levantar. Talvez um gato o comeria, morto.
Mas ele tentava, alí, soltando algum que outro "piu" como que dizendo "vamos, vamos, vamos". Até que o ar pareceu concreto, e o céu era pequeno demais para o passarinho voador do momento !
Ela alí, gravando tudo e quando voou ela só pode dizer:
- Isso que quero ser quando crescer.

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