domingo, 13 de março de 2011

Inventa que eu invento.



"Essa tal inexistência humana é o que ninguém entende. Na verdade, nada aqui, ninguém aqui, existe de verdade. Pensa, nós nos vemos, nos tocamos, nos sentimos, até nos cheirar nos cheiramos ! Mas, no final, nenhum de nós existe de verdade.. nem eu, nem você, nem nossos pais, irmãos, amigos, namorados, namoradas, famílias, nada. A verdade, aqui, para mim, agora, é que nada nem ninguém existe realmente. Nós somos invenções de nós mesmos, nos inventamos e lhes inventamos a todo momento ! Disso o mundo é feito, de invenções. Eu me invento, te invento, invento a todos que me rodeiam e, na verdade, nenhum deles é realmente o que eu invento, logo, não existem.
Entende a minha lógica ?! Entende o que eu quero dizer ?! É simples, você não existe, você é uma invenção de você mesmo e de mil outras pessoas que cruzam o seu caminho !
Não é tão complicado se você pensar em como você inventa que as pessoas façam, pensem, digam ou, até, cantem coisas que você acha que cantem. No final, nada disso é real."

Ela deixou o bilhete, vestiu as roupas e saiu de fininho, deixando todas as pessoas, as quais inventou toda a sua vida, dormindo jogadas por todos os comodos de seu apartamento.
Toda aquela invenção lhe havia dado fome.. fome, como tudo, inventada.

Nenhum comentário:

Postar um comentário